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Nesse programa nós vamos para mais episódio de uma série especial chamada Enciclopédia Feminista. Para completar nossa enciclopédia, iremos convidar pessoas que vão trazer um ponto de vista mais profundo sobre alguns temas que são extremamente necessários, se não urgentes, para serem desmistificados.

Hoje vamos abrir nossa enciclopédia na letra F e falar sobre FEMINISMO ASIÁTICO. E para nos ajudar na produção desse episódio convidamos a maravilhosa artista, curadora e referência em feminismo asiático, Caroline Rycca Lee.

O início da migração asiática ao Brasil acontece no começo do século XIX, ainda no período colonial. Nessa época a escravidao ainda não havia sido abolida, fazendo com que tais movimentos migratórios tenham relação direta com a implementação do sistema de trabalho livre.

Com isso, a hierarquia racial da epoca, que colocava o branco no topo das relacoes sociais e os negros como inferiores, criou para os individuos asiaticos um lugar ambivalente, ou seja, vistos como prejudiciais ou assimilaveis dependendo do contexto social. Em 1940, o IBGE incluiu em sua categoria de raça a cor amarela, a qual se refere aos indivíduos de origem ou ascendência leste asiática.

As rede sociais tiveram um importante papel na intensificacao do debate sobre recortes de raças e a necessidade da inclusão das características interseccionais nos grupos de militancia feminista. Por conta disso, em 2016 o primeiro grupo de Facebook foi criado a fim de promover um espaço de troca de experiências entre mulheres asiatico-brasileiras, marcando assim o início do Feminismo Asiático no Brasil.

Este movimento reconhece a luta anti-imperialista e anti-patriarcal como forma de dar voz a mulheres de ascendência do Leste, Sudeste, Sul Asiatico e Oriente Médio. Algumas das pautas do feminismo asiatico são a solidariedade antirrascista, a luta contra a objetificação, fetichização e estrangeirismo das mulheres de pele amarela e marrom.

Na atual crise mundial, vemos que tais ideias racistas e xenófobas tomam cada vez mais força, principalmente quando o presidente de uma das maiores potências do mundo se refere ao Coronavírus como “vírus chines”.

Aperta o play para ouvir a nossa conversa sobre feminismo asiático!

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* Notas de rodapé desse episódio:

• Juily Manghirmalani – Instagram: @juilymalani
• Yuri Ifuku – Instagram: @negramarele
• Gabriela “Kemi” Shimabuko – Twitter: @shimabukkake
• Lais Miwa Higa – Instagram: @miwazita
• A vegetariana – Han Kang
• Parasita – Bong Joon-ho
• @0800FABI
• Eu nunca… (Netflix)
• ISF2020: Tiffin Talks – Zanani / Zamana / Zameen
• O Deus das pequenas coisas – Arundhati Roy

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* Fontes usadas na produção desse episódio:

• https://michaelis.uol.com.br/
• https://medium.com/@rycca.lee/feminismo-asi%C3%A1tico-identidade-ra%C3%A7a-e-g%C3%AAnero-27c9ca94ec2e
• https://emais.estadao.com.br/blogs/nana-soares/voce-ja-ouviu-falar-de-feminismo-asiatico/
• https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/04/03/curiosidades-9-mulheres-asiaticas-que-marcaram-a-historia.htm
• https://www.washingtonpost.com/politics/2020/09/16/trumps-chinese-virus-slur-makes-some-people-blame-chinese-americans-others-blame-trump/
• https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51963251
• https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-que-move-o-feminismo-asiatico-no-brasil/
• https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40816773
• https://ocarete.org.br/wp-content/uploads/2020/05/ensaios_sobre_racismos_novo.pdf
• https://www.youtube.com/watch?v=HsUHTvgOLQU