Dicionário Feminista #72 – Enciclopédia #15 – Religião

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Dicionário Feminista #72 – Enciclopédia #15 – Religião

Ilustração de uma mulher ajoelhada rezando. No cato esquerdo está escrito "religião"

Ilustração de uma mulher ajoelhada rezando. No cato esquerdo está escrito "religião"

Nesse episódio nós vamos falar de um termo que tem um papel tão importante na história da humanidade, que já foi até acusado de ser o ópio do povo. Hoje vamos falar de RELIGIÃO. E, pra isso, vamos contar com a presença de três convidadas que dão voz às mulheres dentro das igrejas e espaços de fé cristãos: Bianca, Luciana e Isadora, do Projeto Redomas.

Segundo o dicionário, religião é a instituição social criada em torno da ideia de um ou vários seres sobrenaturais e de sua relação com os homens. Essa palavra é derivada do termo em latim “religio”, que significa “cerimônia”, “lei divina”, “santidade”. Na antiguidade, Cícero apontou que o verbo pelo qual esse substantivo teria sido derivado é o “relegere”, o qual significa “reler, revisitar”. Apesar dessa ser a teoria mais respeitada pelos estudiosos, o etimologista Silveira Bueno levantou a tese de que na verdade essa palavra seria derivada do verbo “religare”, que significa “religar, atar, apertar”.

De acordo com os estudos arqueológicos, é possível constatar que as primeiras manifestações religiosas aconteceram entre o período Paleolítico e Neolítico. Em alguns grupos neandertais foram observadas certas práticas e rituais que indicam traços de religiosidade nessa espécie, como enterros e cultos a certos animais.

A lógica por trás dessas ideias religiosas vem da capacidade de abstração que nós homo sapiens pudemos desenvolver de forma mais eficaz. Um dos pontos de partida para esse movimento seria o animismo, ou seja, a crença de que todos os seres e fenômenos naturais têm uma essência espiritual, uma alma. Depois disso passa-se a pensar em uma vida após a morte, para onde essas almas iriam depois de não fazerem mais parte do mundo terreno. Para fazer essa comunicação entre os homens e o divino, um representante seria escolhido, o qual a princípio seria denominado como um xamã e depois vai constituir uma instituição clerical. Por fim, a ideia de entidades divinas que nos auxiliam e governam as nossas vidas é formada, trazendo o conceito de deuses onipresentes e onipotentes.

Cada religião irá se basear a partir de um ou mais deuses. Por isso, elas são classificadas como politeístas, monoteístas e panteístas. As religiões politeístas acreditam em mais de um deus, as monoteístas acreditam em um único deus e as panteístas acreditam nos espíritos da natureza como entidades que controlam os fenômenos naturais.

Estima-se que existem 50 mil religiões no mundo todo. Segundo a Central Intelligence Agency, a CIA, as religiões com o maior número de adeptos no mundo são o cristianimso, o islamismo e o induísmo. Já no Brasil, dados do IBGE apontam que 64.6% dos brasileiros são cristãos, 22.2% são evangélicos e 8% não têm religião.

Em 1988 o artigo 5o da constituição deixou bem claro a posição do Brasil como um estado laico, garantindo a liberdade religiosa de todo e qualquer cidadão brasileiro. Além disso, determina que é responsabilidade do governo garantir uma convivência harmônica entre os membros de todas as religiões, de forma a não favorecer nenhuma delas em decisões políticas e ações governamentais.

Aperta o play para entender se é possível seguir uma religião e ser feminista ao mesmo tempo.

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* Notas de rodapé desse episódio:

* Fontes usadas na produção desse episódio: