Dicionário Feminista #71 – Imigrante

Um quadrado branco, com um simbolo de "balão de fala" vermelho, com imagem de um microfone de mesa e teclado de computador como marca d´água. Em primeiro plano o titulo do episódio. Na base o simbolo do podcast e ao lado a logo do #OPodcastÉDelas
Estúdio 31 #15 – Captação Remota e Online de Podcast
28 de abril de 2021
Na vitrine do episódio, consta o logo do podcast, uma máquina de escrever pegando fogo, o título “linguagem dos animais” e o logotipo da rede O Podcast É Delas
Incêndio na Escrivaninha #19 Linguagem dos animais
3 de maio de 2021

Dicionário Feminista #71 – Imigrante

Ilustração de pessoas diversas com um globo atrás. Ao lado esquerdo, no topo, está escrito "imigrante"

Ilustração de pessoas diversas com um globo atrás. Ao lado esquerdo, no topo, está escrito "imigrante"

Nesse episódio nós vamos falar de um termo que fala de tudo o que vêm de fora, porém pode influenciar muitas estruturas aqui dentro. Hoje vamos falar de IMIGRANTE.

Segundo o dicionário, imigrante é aquele que vem estabelecer-se em um país estrangeiro. O termo “migrante”, que qualifica “aquele que muda de uma região para outra”, unido ao prefixo “in”, que em latim significa “movimento para dentro”, caracteriza as pessoas que entram em um país para viver nele.

Os primeiros registros de grandes quantidades de imigrantes que pisaram no Brasil datam de 1530, quando os portugueses vieram explorar as terras brasileiras. Logo em seguida houve um grande fluxo de pessoas entrando no país através do tráfico de pessoas escravizadas, o qual durou até aproximadamente 1850.

Após a abolição da escravatura, o governo brasileiro tentou promover o branqueamento da população por meio de estímulos financeiros para imigrantes europeus que viessem pra cá. Isso era feito através do sistema de parceria e de colonato.

No sistema de parceria, os próprios donos das fazenda pagavam a vinda dos imigrantes europeus para o Brasil com a condição de que eles trabalhassem em suas terras para pagar tais dívidas. Ah, e detalhe, não era permitido abandonar a fazendo sem antes pagar tudo o que deviam.

Já no sistema de colonato, a vinda do imigrante europeu não só era subsidiada pelo governo, como ele também poderia recolher parte do que plantava para sua própria subsistência e deixar a fazenda a hora que quisesse.

Foi assim que os primeiros imigrantes não portugueses chegaram ao Brasil: os suíços, seguido pelos alemães e depois os italianos. Os japoneses chegaram em grande quantidade por volta de 1908 para trabalhar nas fazendas de café.

Assim como nós viemos pro Canadá em busca de melhores oportunidades, os imigrantes que foram pro Brasil nessa época também estavam em busca de uma vida melhor. Porém, as passagens de navio subsidiadas pelo governo eram de terceira classe, e você só sabia para onde ia depois que o barco atracava no porto de Santos ou no Rio. Depois de 30 dias de viagem, em um porão de navio, com pouca iluminação e cheios de saudades de casa, esses imigrantes podiam finalmente começar essa jornada de descoberta e adaptação em um novo país, em uma nova língua, numa nova cultura e sem internet.

Aperta o play para ouvir a nossa conversa sobre as nossas experiências como imigrantes.

* Notas de rodapé desse episódio:


O beijo da Ju foi para o Pixel e da Teka para Pam e Bia.


* Fontes usadas na produção desse episódio:

https://michaelis.uol.com.br/
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/qual-e-a-diferenca-entre-emigrante-e-imigrante
https://core.ac.uk/download/pdf/55632407.pdf
https://www.historiadobrasil.net/imigracao/
https://www.todamateria.com.br/imigracao-no-brasil/
https://pesquisaitaliana.com.br/viagem-de-navio-entre-a-italia-e-o-brasil/
https://journals.openedition.org/eces/1527?lang=en