Dicionário Feminista #61 – Regionalismo – feat. Malamanhadas

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Dicionário Feminista #61 – Regionalismo – feat. Malamanhadas

Ilustração de uma mulher com fones de ouvido escutando podcast. No canto esquerto está escrito "regionalismo"

Ilustração de uma mulher com fones de ouvido escutando podcast. No canto esquerto está escrito "regionalismo"

Nesse episódio nós vamos falar de um termo que fala de elementos muito particulares, porém extremamente importantes em um país tão grande quanto o Brasil. Hoje vamos falar de REGIONALISMO. E, pra isso, vamos contar com a presença de outras podcasters maravilhosas que vão ajudar a gente entender esse termo. Pode entrar, Malamanhadas!

Segundo o dicionário, o regionalismo é a expressão artística que reflete a tradição e os costumes de uma região.

Em meados do século 19, o regionalismo é usado para marcar o início de um movimento no campo literário. O escritor cearense Franklin Távora é o primeiro a escrever sobre isso em um manifesto que publicou no prefácio do seu livro “O Cabeleira”. Nessas obras literárias são exploradas as características de uma certa região trazendo informações a respeito do momento histórico e da realidade social.

Alguns exemplos de livros regionalistas são O Sertanejo, de José de Alencar, e A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

De acordo com a professora Ligia Chiappini, é considerada regionalista qualquer obra literária que, intencionalmente ou não, traduza peculiaridades locais. Dessa forma, temos tipos de regionalismo que representam as diversas regiões do país, como o regionalismo gaúcho, o nordestino, o paulista e etc.

Outra definição para o regionalismo é a que define certos traços linguísticos de uma certa região. Isso acontece no Brasil porque, além de termos uma extensão territorial muito ampla, nossa população foi formada a partir de grupos culturais provenientes do mundo todo.

São nítidas as influências das línguas italiana e alemã no Sul do país. No Rio de Janeiro, o sotaque carioca lembra bastante alguns fonemas da língua portuguesa. Já o nordeste sofreu influência da imigração holandesa e africana. No norte do Brasil, o sotaque se aproxima mais da língua indígena, já que é uma região que recebeu menor quantidade de imigrantes Europeus e Africanos.

Apesar da riqueza da nossa cultura estar na conjunção das influências desses diversos povos, no Brasil temos uma recorrência muito grande de um preconceito diante destas expressões regionalistas. É muito comum escutar que pessoas de certas regiões do país não falam o português da forma correta, sendo que, de acordo com o linguista e filósofo Marcos Bagno, não existe forma certa e errada do uso da língua. Esta seria apenas uma prática que colabora com a exclusão social, além de reiterar um preconceito que acredita que pessoas provenientes do sul do país são mais educadas do que as do nordeste.

Aperta o play para ouvir o nosso bate papo sobre regionalismo.

Podcast Malamanhadas:


* Notas de rodapé desse episódio:


O beijo da Teka dessa semana foi para o Belém do Para, beijo da Julia para pessoas que ouvem o podcast assim que é publicado, Ananda e Aldenora mandaram beijo para todas as meninas do Malamanhadas.


* Fontes usadas na produção desse episódio: